"Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
Fernando Pessoa
RELÓGIO
quarta-feira, 26 de maio de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
FERROVIAS
Ferrovias precisam de R$ 40 bilhões em recursos
Sem investimentos, exportações poderão ser comprometidas
Estudo do Ipea traçou os pontos críticos do sistema ferroviário no Brasil Foto: Ferrosul/Divulgação/JC
Sem investimentos, exportações poderão ser comprometidas
Estudo do Ipea traçou os pontos críticos do sistema ferroviário no Brasil Foto: Ferrosul/Divulgação/JC
O Brasil precisa de investimentos de R$ 40 bilhões para atender à demanda de carga ferroviária prevista para os próximos anos, segundo estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Caso contrário, as exportações brasileiras poderão ficar comprometidas, de acordo com o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Fabiano Pompermayer. Ele também alerta para a necessidade de melhoria nos portos nacionais.
"O País pode ter suas exportações comprometidas, caso não sejam implementadas obras ferroviárias. Para atender a essa demanda serão necessários, no mínimo, investimentos de R$ 40 bilhões e uma extensão de cerca de 10 mil quilômetros em relação à malha atual", disse Pompermayer, ontem, durante a divulgação do estudo Transporte Ferroviário de Cargas no Brasil: Gargalos e Perspectivas para o Desenvolvimento Econômico e Regional. "Consideramos ainda como desejáveis outros R$ 59,4 bilhões para obras que não estão entre as prioritárias."
Entre as prioridades destacadas pelo estudo, boa parte está ligada aos R$ 21 bilhões em investimentos públicos e privados previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para expandir a malha dos atuais 28 mil quilômetros para pelo menos 40 mil quilômetros até 2020.
O pesquisador destaca como prioritárias as obras da Ferrovia Norte-Sul, que vai ligar a região Norte à Centro-Oeste, chegando ao estado de São Paulo. Outro estado que, de acordo com o estudo, carece de investimentos é o Paraná.
O escoamento da produção de grãos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina esbarra nas falhas no sistema ferroviário da região. De acordo com Pompermayer, é importante ampliar a capacidade do transporte nos dois estados; "e é fundamental que chegue em portos com boa infraestrutura para evitar maiores problemas."
Ele aponta os portos do Rio Grande (RS), Paranaguá (PR), Santos (SP) e Itaguaí (RJ) como os que mais carecem de investimentos. "Hoje, o acesso ferroviário para a maioria desses portos já está no limite. A coisa só não estourou ainda porque está se aumentando a fila de navios (aguardando os serviços portuários) e porque parte da produção foi escoada para as rodovias."
Ele citou ainda o caso do porto de Itaguaí. "A ferrovia já chegou ao porto, mas ele ainda não tem estrutura suficiente para dar conta dos grãos que chegam lá para serem exportados", afirma Pompermayer.
De acordo com o coordenador de Infraestrutura Econômica, Carlos Campos, o comércio internacional cresceu, em valores, 130% entre 2003 e 2008. Os portos só não estrangularam por conta do investimento privado em novos equipamentos, como contêineres, transtêineres e guindastes para os terminais.
"Na verdade, o que foi melhorado foram as operações portuárias. Mas isso tem um limite e ele está próximo de ser alcançado", disse. "O próprio setor privado acha que crescendo 5% em três anos os portos terão problemas."
Ferrosul analisa assumir linhas desativadas no Rio Grande do Sul
"O País pode ter suas exportações comprometidas, caso não sejam implementadas obras ferroviárias. Para atender a essa demanda serão necessários, no mínimo, investimentos de R$ 40 bilhões e uma extensão de cerca de 10 mil quilômetros em relação à malha atual", disse Pompermayer, ontem, durante a divulgação do estudo Transporte Ferroviário de Cargas no Brasil: Gargalos e Perspectivas para o Desenvolvimento Econômico e Regional. "Consideramos ainda como desejáveis outros R$ 59,4 bilhões para obras que não estão entre as prioritárias."
Entre as prioridades destacadas pelo estudo, boa parte está ligada aos R$ 21 bilhões em investimentos públicos e privados previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para expandir a malha dos atuais 28 mil quilômetros para pelo menos 40 mil quilômetros até 2020.
O pesquisador destaca como prioritárias as obras da Ferrovia Norte-Sul, que vai ligar a região Norte à Centro-Oeste, chegando ao estado de São Paulo. Outro estado que, de acordo com o estudo, carece de investimentos é o Paraná.
O escoamento da produção de grãos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina esbarra nas falhas no sistema ferroviário da região. De acordo com Pompermayer, é importante ampliar a capacidade do transporte nos dois estados; "e é fundamental que chegue em portos com boa infraestrutura para evitar maiores problemas."
Ele aponta os portos do Rio Grande (RS), Paranaguá (PR), Santos (SP) e Itaguaí (RJ) como os que mais carecem de investimentos. "Hoje, o acesso ferroviário para a maioria desses portos já está no limite. A coisa só não estourou ainda porque está se aumentando a fila de navios (aguardando os serviços portuários) e porque parte da produção foi escoada para as rodovias."
Ele citou ainda o caso do porto de Itaguaí. "A ferrovia já chegou ao porto, mas ele ainda não tem estrutura suficiente para dar conta dos grãos que chegam lá para serem exportados", afirma Pompermayer.
De acordo com o coordenador de Infraestrutura Econômica, Carlos Campos, o comércio internacional cresceu, em valores, 130% entre 2003 e 2008. Os portos só não estrangularam por conta do investimento privado em novos equipamentos, como contêineres, transtêineres e guindastes para os terminais.
"Na verdade, o que foi melhorado foram as operações portuárias. Mas isso tem um limite e ele está próximo de ser alcançado", disse. "O próprio setor privado acha que crescendo 5% em três anos os portos terão problemas."
Ferrosul analisa assumir linhas desativadas no Rio Grande do Sul
O presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, participou na manhã de ontem, em Porto Alegre, de audiência pública na Assembleia Legislativa para debater o transporte público ferroviário, as concessões do setor e a aliança estratégica dos estados do Sul com a criação da Ferrosul. Uma das propostas discutidas durante a audiência pública e apresentada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) sugere que outra empresa possa assumir os trechos desativados pela concessionária privada no território gaúcho. Esses trechos poderiam eventualmente ser assumidos pela Ferrosul.
Gomes lembrou os benefícios que uma empresa pública sob controle dos estados do Sul trará para a economia e a sociedade como um todo. "Ao participarmos da Ferrosul, estamos concretizando uma aliança estratégica da qual os quatro estados do Codesul sairão fortalecidos e principalmente sua agricultura, indústria e comércio", afirmou.
Segundo ele, "o aperfeiçoamento e expansão do modal ferroviário com a Ferrosul interessa a paranaenses, gaúchos, catarinenses e sul-mato-grossenses. A nova empresa é destinada a planejar, construir e operar ferrovias e sistemas logísticos numa região, que, juntamente com o Paraguai e outros países vizinhos, integra uma das maiores fronteiras agrícolas do mundo".
Para o deputado Raul Carrion (PCdoB), autor da proposta de audiência pública, o País se prepara para retomar os investimentos no setor de transporte ferroviário e há a necessidade de se debater e buscar soluções para reverter o lamentável estado de abandono do segmento no Rio Grande do Sul. O parlamentar lembrou que vários ramais foram desativados, violando contratos, com prejuízos à economia da região.
O presidente da Comissão, deputado Adolfo Brito (PP), informou que está sendo criado um grupo de trabalho para continuar as tratativas junto à ANTT e ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). O grupo de trabalho, segundo ele, buscará apoio no judiciário e no ministério público.
O gerente de transporte ferroviário e cargas da ANTT, Marcos Expedito de Almeida, disse que foram aplicados R$ 2,9 milhões de multa na malha Sul e R$ 606 mil no Estado. De acordo com o procurador do Ministério Público Federal, Osmar Veronese, os contratos efetivamente ¨não estão sendo cumpridos¨ e que existe um sentimento negativo das populações envolvidas.
JORNAL DO COMÉRCIO
Porto Alegre, quinta-feira, 20 de maio de 2010
FICHA LIMPA
Será que essa idéia de Ficha Limpa, logo agora em períodos de eleições não é "jogada política"? Bom, se é ou não é, acho que a idéia é boa. Vamos ter Fé e acreditar.
Senado aprova projeto ficha limpa por unanimidade
Agora, matéria vai ao Planalto para a sanção do presidente Lula.
Texto recebeu voto favorável dos 76 senadores presentes na sessão Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABR/JC O Senado aprovou ontem o projeto Ficha Limpa, que impede a candidatura de pessoas com problemas na Justiça. O texto, que recebeu voto favorável de todos os 76 senadores presentes, vai à sanção do presidente Lula e pode valer já para as eleições deste ano.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, acredita que, se referendado pelo presidente Lula até 5 de junho, pode valer nas eleições de outubro. Os senadores apoiam este entendimento. A decisão final, no entanto, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Entre 20 e 30 senadores se inscreveram para discursar antes da aprovação do projeto. "Hoje o Brasil começa a mudar. Hoje o Brasil deixa de ser conhecido como o País da impunidade", disse Pedro Simon, do PMDB gaúcho.
Tanto governistas quanto oposicionistas concordaram que a proposta não é "perfeita" nem "acabada", mas concordaram em votar o texto sem emendas porque ele "representa um passo importante na moralização da política do País". Se houvesse alteração, o projeto voltaria à Câmara, o que diminuiria as chances de entrar em vigor neste ano.
Como a pauta do Senado está trancada por medidas provisórias, o primeiro-vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO), que ocupa interinamente a presidência da Casa porque José Sarney (PMDB-AP) está nos EUA, abriu uma sessão extraordinária para analisar a matéria, atendendo a uma questão de ordem do PSDB. O plenário aprovou também a inversão da pauta para antecipar a votação da proposta.
A senadora Marina Silva (PV-AC), que estava licenciada para se dedicar à pré-candidatura à presidência da República, voltou ontem ao Senado para participar da aprovação do ficha limpa e do reajuste de 7,72% das aposentadorias de quem ganha acima de uma salário-mínimo.
O projeto ficha limpa aprovado pelo Congresso é resultado de iniciativa popular com 1,6 milhão de assinaturas. A nova lei prevê tornar inelegível aqueles que tenham sido condenados por decisão colegiada da Justiça (por mais de um juiz), mas estabelece o chamado efeito suspensivo, também em caráter colegiado.
Fica permitido ainda um recurso a outro órgão colegiado de uma instância superior para que se obtenha uma espécie de "autorização" para registrar a candidatura. Pela legislação atual, o candidato só fica inelegível quando não existir mais a possibilidade de recurso.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, entrou com um questionamento no TSE sobre a validade da lei já para as eleições deste ano. O tribunal ainda não se pronunciou a respeito.
Jornal do comércio
Porto Alegre, quinta-feira, 20 de maio de 2010
Senado aprova projeto ficha limpa por unanimidade
Agora, matéria vai ao Planalto para a sanção do presidente Lula.
Texto recebeu voto favorável dos 76 senadores presentes na sessão Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABR/JC O Senado aprovou ontem o projeto Ficha Limpa, que impede a candidatura de pessoas com problemas na Justiça. O texto, que recebeu voto favorável de todos os 76 senadores presentes, vai à sanção do presidente Lula e pode valer já para as eleições deste ano.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, acredita que, se referendado pelo presidente Lula até 5 de junho, pode valer nas eleições de outubro. Os senadores apoiam este entendimento. A decisão final, no entanto, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Entre 20 e 30 senadores se inscreveram para discursar antes da aprovação do projeto. "Hoje o Brasil começa a mudar. Hoje o Brasil deixa de ser conhecido como o País da impunidade", disse Pedro Simon, do PMDB gaúcho.
Tanto governistas quanto oposicionistas concordaram que a proposta não é "perfeita" nem "acabada", mas concordaram em votar o texto sem emendas porque ele "representa um passo importante na moralização da política do País". Se houvesse alteração, o projeto voltaria à Câmara, o que diminuiria as chances de entrar em vigor neste ano.
Como a pauta do Senado está trancada por medidas provisórias, o primeiro-vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO), que ocupa interinamente a presidência da Casa porque José Sarney (PMDB-AP) está nos EUA, abriu uma sessão extraordinária para analisar a matéria, atendendo a uma questão de ordem do PSDB. O plenário aprovou também a inversão da pauta para antecipar a votação da proposta.
A senadora Marina Silva (PV-AC), que estava licenciada para se dedicar à pré-candidatura à presidência da República, voltou ontem ao Senado para participar da aprovação do ficha limpa e do reajuste de 7,72% das aposentadorias de quem ganha acima de uma salário-mínimo.
O projeto ficha limpa aprovado pelo Congresso é resultado de iniciativa popular com 1,6 milhão de assinaturas. A nova lei prevê tornar inelegível aqueles que tenham sido condenados por decisão colegiada da Justiça (por mais de um juiz), mas estabelece o chamado efeito suspensivo, também em caráter colegiado.
Fica permitido ainda um recurso a outro órgão colegiado de uma instância superior para que se obtenha uma espécie de "autorização" para registrar a candidatura. Pela legislação atual, o candidato só fica inelegível quando não existir mais a possibilidade de recurso.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, entrou com um questionamento no TSE sobre a validade da lei já para as eleições deste ano. O tribunal ainda não se pronunciou a respeito.
Jornal do comércio
Porto Alegre, quinta-feira, 20 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Polícia Ferroviária Federal
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)